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A conversa de Nabi com a esposa no cemitério Santo Amaro é retrato comovente neste Dia das Mães (Foto: Henrique Kawaminami)
O aposentado Nabi Silva, 74, ainda não se acostumou a viver sem a esposa que partiu há nove anos e quase cinco meses. Inconsolável, todos os dias ele vai ao cemitério Santo Amaro, em Campo Grande, e reproduz uma cena do cotidiano do casal.
"Converso com ela, bato um papo, desabafo. Trago café pra gente beber, frutas pra comer. Dizem que é inútil, mas eu não acho inútil. Enquanto eu estiver vivo, vou continuar vindo aqui", afirma.
Outra coisa que ele faz é encher o túmulo de flores. A cada seis meses, gasta R$ 500 tirados da aposentadoria para enfeitá-lo.
Impossível não se comover ao ver Nabi sentado sobre a sepultura, cercado das plantas, segurando o rosto triste com a mão, neste Dia das Mães (11).
Ele também se comove. Chora ao falar da falta que faz a presença da mãe de seus filhos e avó de seus netos.
Hoje dá mais saudade porque a gente ava o Dia das Mães juntos. Teria um churrasco, mas infelizmente não é possível", lamenta.
O avô achou um jeito de transmitir o carinho que a esposa daria aos netos se ainda estivesse viva.
"Quando vou beijar meu netinho, dou dois beijos: um meu e um dela. Minha outra neta tem 16 anos, todo dia que acorda cedo me pede a bênção e dois beijos. De um lado é o meu e do outro lado é o da avó. Amor de avó é amor de mãe também. Eu amo meus netos mais que antes, porque amo pelos dois. Ela amava demais eles", fala.
A perda - Nabi ficou casado com a esposa por 43 anos. Ela morreu com infecção generalizada. Foi de repente. Sentiu uma dor forte na perna, ficou internada num hospital por alguns dias e não resistiu.
"Ela era linda, tinha olhos azuis. Uma pessoa maravilhosa que não guardava ódio de ninguém. Cuidava de mim. Foi uma vida de muito respeito, carinho, amor, dedicação e afeto. Hoje em dia as pessoas casam por interesse, por dinheiro, por sexo. Já nós casamos por amor de verdade. Foram 43 anos sem briga", se recorda.
Os filhos também vão visitar a mãe nas datas especiais, mas só o marido vem sempre. "De carro, bicicleta, do que for. Não consigo me separar dela", reforça.
A dor não a por nada, segundo Nabi. O que dá alívio é acreditar que um reencontro é possível.
Fonte: Campo Grande News