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Após nova ação de bloqueio nas primeiras horas da manhã de hoje (30) em Campo Grande, entidades e grupos organizados em busca da reforma agrária em Mato Grosso do Sul receberam um retorno e promessa de uma reunião, o que foi suficiente para desobstruir o trecho na saída da Capital para São Paulo obstruído nesta quarta-feira.
Agora, depois do princípio de congestionamento causado na rodovia BR-163 na Capital, o grupo que manifesta pela reforma agrária migrou do trecho mobilizado de volta para a sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).
Conforme reado pela organização regional do Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais Sem Terra do MS e superintendência local do Incra, a reunião com representante nacional da direção do Incra está marcada para o fim da tarde desta quarta-feira.
Cabe apontar que a pauta dos "sem terra" é considerada pelos seus integrantes como uma "luta unitária", envolvendo não somente o MST - apesar da maior popularidade do Movimento -, mas também a União Geral (UGT); Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e as Ligas Camponesas e Urbanas do País (LCU-BR), por exemplo, entre outras.
Busca por reforma
Zeca do MST. Foto: Marcelo Victor/Correio do Estado
Aos 42 anos, sendo 26 de luta pela terra, o integrante da coordenação estadual do MST em Mato Grosso do Sul lembra que o Movimento aguardava por uma vaga na agenda do ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, e do presidente do Incra, César Fernando.
Zeca reforça que ainda não foi possível conciliar essas agendas, porém haverá hoje a reunião nacional do Instituto, com uma proposta de que uma audiência seja marcada ainda para o dia 19 de maio.
Ele indica que o Movimento não conseguiria segurar os bloqueios por muito tempo, com o intuito inicial sendo a manutenção da ocupação do Incra em Campo Grande, principalmente dos excessos sentidos pelo Movimento por parte dos braços do Governo do Estado.
"Desde quando nós ocupamos a fazenda da JBS em Dourados, houve um excesso muito grande por parte do governo do estado... acabou nessa questão da intimidação do nosso povo e desde lá o tensionamento vem grande", diz Zeca.
Nesse movimento unitário de diversas entidades, as reivindicações são as mesmas, com os grupos em busca não somente de um pedaço de terra, mas também de:
Pequenas agroindústrias;
Subsídios para produção alimentar;
Investimentos em pequenas máquinas agrícolas;
Viveiros de árvores;
Fábricas de bioinsumos;
Escolas no campo;
Educação com PRONERA.
O que diz o governo
Mato Grosso do Sul conta com cerca de 13 mil famílias acampadas, na fila por um pedaço de terra, sendo que a possibilidade de novos bloqueios vai depender da avaliação nacional dos resultados dessas tratativas que devem se desenrolar dentro dos próximos 20 dias.
Para o governador do Estado, o chamado "abril Vermelho" é somente um movimento de reivindicação para reforma agrária, que por sua vez é uma política do governo federal.
"Então, se não está acontecendo... essa é uma discussão que tem que ser tratada com o Governo Federal. O MST é uma instituição que usa de alguns métodos para poder provocar o diálogo, no caso com o governo federal, que nós não vamos aceitar aqui no estado porque impacta a vida de outras pessoa", afirmou Riedel.
Diante disso, o governador é categórico em dizer que, se o movimento não consegue conversar com o governo federal, é necessário buscar outros caminhos, pois segundo Riedel os bloqueios não são uma medida aceitável.
Eduardo Riedel faz questão de justificar, que o emprego das forças estaduais no desbloqueio hoje se deu após pedido vinda da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
"De maneira muito tranquila, nós estamos fazendo a manutenção da ordem. O Governo do Estado não pode ir lá e tomar uma medida por deliberação própria. Quem pediu apoio pra gente ir lá tirar foi a PRF... é uma ordem do Governo Federal", completou.
Relembre
Nas primeiras horas de sábado (26), o grupo de cerca de trezentos integrantes das famílias do MST começaram uma ampliação do Acampamento Esperança, localizado à beira da rodovia MS-379, onde cerca de 270 famílias vivem há cerca de dois anos.
Com a movimentação de sábado houve cerco policial ao acampamento ainda na primeira noite de ocupação, com o grupo acuado ao serem vigiado por drones e visitado por agentes, que diziam que a partir de domingo (27) haveria ação de desocupação, tendo dois trechos de o pela rodovia bloqueados.
Imagens feitas do local da ocupação, que circulam pelas redes sociais, mostravam ônibus da Polícia Militar junto de caminhões, viaturas e escavadeiras que trancaram o o da rodovia.
Na manhã de domingo, equipes da Polícia Militar, Tropa de Choque e Departamento de Operações Especiais da Fronteira (DOF) começaram a ação de despejo, que terminou no uso de disparos de bombas de efeito moral.
A negociação aconteceu após chegada de integrantes do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), que ajudaram a apaziguar os ânimos.
Segundo o Governo Federal, a área é alvo de negociação com a empresa proprietária, com o intuito de destinar a terra improdutiva há mais de uma década para a Reforma Agrária.
Segundo o MST, pelo menos três incêndios criminosos atingiram a área de famílias assentadas em 2024, como o caso que aconteceu na noite de 03 de agosto do ano ado, quando fazendeiros incendiaram os arredores do acampamento Esperança.
Fonte: Correio do Estado